O ato de escrever
O ato de escrever, em prosa ou em verso, é um ato essencialmente solitário, introspectivo. O escritor, o poeta, empunhando a sua pena (hoje, também um teclado de computador) e diante do alvo papel (ou monitor), promove verdadeiro mergulho dentro de si, buscando, nos arquivos de sua alma, e com os conhecimentos adquiridos pela vida afora, o conteúdo objeto de suas reflexões, a ser exteriorizado. Esse conteúdo, que, além dos estudos acadêmicos, previamente foi-lhe concedido por todos os seus sentidos, passa pelo liquidificador da sensibilidade, para, somente então, vir à luz e fazer-se do mundo tangível. O ato de escrever é um parto, muitas vezes dolorido, porém repleto de vida.