VEJAMOS O REPERTÓRIO MUSICAL DE ONTEM, DE HOJE E DE SEMPRE DA MINHA VIZINHANÇA MALDITA:

O de sempre: Forró eletrônico, com algumas letras e vozes femininas que mais lembram uma cadela gemendo no cio; Sertanejo universitário, as famosas letras "complexas" com seus monossílabos infernais; Axé (é isso mesmo?), uma lixarada barulhenta (em sua maior parte) que vem lá da Bahia, harmoniosamente horrível e que só serve mesmo pra atrair maconheiros; Pagode, com suas letras musicais quase que invariavelmente feitas para um corno; Funk, o lixo musical carioca que há muito já invadiu as terras do lado de cá; e por último, inventaram um tal de um “Arrocha”, uma desgraça sonora que fere literalmente os meus ouvidos. Ah, se eu pudesse “arrochar” o pescoço de quem inventou esse tal de Arrocha...

Sinto-me como se os meus ouvidos estivessem sendo estuprados a cada grave distorcido, sendo obrigado a ouvir em altíssimos volumes certas porcarias que me lembram mais uma tortura mental. Hoje só consegui dormir por volta das 04h da manhã, logo após um vizinho miserável encerrar a sua baderna. Eu já nem me ocupo mais em ligar pra polícia... é tempo perdido. Só me resta ficar aqui em casa, no computador ou no smartphone, ouvindo música de verdade. Algo como The Beatles, Elvis Presley, Roberto Carlos, Chico Buarque, Raul Seixas, Caetano, Gil, Legião, Paralamas...

A música que você ouve é o espelho, o reflexo de sua cultura.