Que mundo é este em que vivemos?
Moldados por literaturas já não suficientes, o Estado decaiu para uma posição de anomia. O posicionamento social está fragmentado e ninguém está trabalhando para repará-lo na prática, apenas há chuvas de teorias que apontam quem são os criminosos e o porque desses problemas existem. As autoridades estão mais preocupadas em prender os supostos culpados e ressarcir os prejudicados, do que criar soluções que impedem a continuidade destes ocorreres.
As falas e os textos demonstram que isso já estava previsto acontecer. Ainda mais porque o mundo aqui é unilateral, sem saber que esse modo de visão não é de raiz original. A diversidade está aqui deste seu início, e foi atropelada por mero impressionismo desses coautores originais. Eles suplantaram seu modo de ver, de viver, de julgar e de imaginar. E mesmo depois de expulsos, ainda mantém-se vencedores.
Somos abastecidos com modelos de como ser felizes a todo instante. São propagandas variadas, de modo estático até horas de sugestões entre linhas. São suplementos que trabalham no inconsciente de forma cirúrgica até o resultado ser visto no consciente. E são coisas consideradas tão comuns que ir contra isso é sinônimo de loucura, ainda mais porque o discurso para tentar reverter isso é trabalhado em atrofia cerebral. Manobra plagiada dos vencedores anteriores...
A história está aí, disposta a ser alimento sem agrotóxico para quem quiser, mas por não ser esteticamente tão bonita quanto os venenos disfarçados, são fatos deixados de lados. A ideologia que promete resolver tudo é tão arcaica quanto as glórias divinas, o que prova que somos um povo de muita fé. E, também, prova que os protestantes não venceram como deveriam ter vencido, apenas apanharam uma legião e fizeram semelhante seus vilões, seguindo os mesmo modelos de apontar o erro e idealizar a solução.
Estamos em um mundo belo, com vários recursos e mais qualidades do que defeitos. O que estraga é a recusa em se informar, pois basta ser prático e técnico que é o suficiente. O que desanima é que se cria mais subcategorias para as classes do que pontes de relações positivas, tendo como efeito colateral uma hierarquia do tipo feudal. E tudo isso afeta as estruturas sociais mais do que elas podem entender e resolver, fragmentando cada participante e os estonteando sem saber para onde ir e se dá para resolver. Então o mundo torna-se um caos e feio.