DIVAGANDO
Entender-me, enquanto resultado de processo evolutivo, implica uma viagem que transcende meu parco entendimento, posto que resumo em mim todos os tempos e eras, todas as geografias, raças e culturas. Nessa perspectiva, entendo-me como portador de bagagens inimagináveis; escondidas, umas, em longínquas paragens do inconsciente, nem tanto outras, todas, porém, de incalculáveis profundidades.
A mente humana é mesmo um abissal mistério. Se nos fosse dada a faculdade de podermos mergulhar para dentro de nós mesmos, até o limite máximo de nossas memórias pretéritas, o que descobriríamos e no que nos tornaríamos ao regressar?