CABEÇA DE PORCO, TRAGÉDIA ANUNCIADA, Cai por terra sob fogo, o descaso urbano

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Sob fogo perecem vidas, sonhos, vitrais
Por terra ruiu ferragens, vidros, documentos,
Vestes despidas de corpos, tralhas, passados
Lembranças papéis, lágrimas escondidas
Fios de esperança, linhas de ilusão, letargia
Anos passando, chão faltando, cobertura de rua
Sem segurança, oportunidade inusitada, ocupação
Sem culpa, espaço abandonado se ocupa, sem estruturação
Sobreviventes, governos estáticos, omissos, corrompidos
Avisos levados, anunciando consternações, urbanas catástrofes
Nem a fé moradora vizinha, resistiu ao desastre
Soterrados suplícios, indiscutíveis indícios
Animais esquecidos, reféns pacatos da insegurança
Vitrais testemunhas dos marginais vestígios subhumanos 
Cenas angustiantes, rapidez de minuto e instantes
Manhã de comoção aí vem um habitante do planalto
Buscando apoio político, saudado com seu merecimento
Embora não tenha sido correto, a garganta já está estrangulada
Que Deus estenda sua mão e por vítimas não se vendam jornais
Que alguma coisa mude, o povo não se enquadra mais na retaguarda
A deterioração palaciana, das novas e antigas regras
Como que se rasgando a constituição, canetadas, martelos
Alianças seladas, corrupção quebrando lacres, línguas faladas
É tanta coisa a se vomitar indigesta, ando um tanto enojada
É verdade por demais esgotada
Já nem consigo falar mais nada...
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 01/05/2018
Reeditado em 01/05/2018
Código do texto: T6324136
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