Não deixe o monstro entrar: Uma dialética
Com o quarto fechado e as janelas trancadas, deitado no escuro em posição fetal chorava Adam, iluminado apenas pela tela do seu computador, entre soluços profundos de dor e lágrimas sua mente enfrentava um monstro interior chamado depressão (...)
Alguém bate em sua porta dizendo
- Adam está na hora
Ao escutar essa voz, Adam tenta se recompor, levanta-se da cama e caminha até o banheiro, entra, e lava o seu rosto, olhando fixamente para o espelho diz a si mesmo:
– Hoje tudo vai acabar
Adam então vai até a porta, e a recebe
– Por que demorou tanto?
– Na verdade eu sempre estive ao seu lado...
– Então (...) já podemos ir?
– Por favor, antes de irmos poderia me contar como é a depressão?
– É Como conviver com uma dor que te assombra a vida inteira, como se as paredes do meu quarto se fechassem contra mim e o mundo inteiro me apontasse o dedo julgando-me ‘fracassado’ É Sentir sua alma sangrar diante da vida, como quebrar uma parte do seu corpo que jamais poderá ser concertada, é como uma maldição que te obriga a viver nas chamas do inferno enquanto seu corpo queima e sangra, e você grita desesperadamente por ajuda. Mas ninguém pode ouvi-lo! Eu me sinto um monstro que foi jogado injustamente nesse mundo...
A Criatura olha para adam enquanto o mesmo falava sobre a depressão, e percebe as lágrimas em seus olhos e a profunda dor em seu coração.
Ela então o compreende (...)
– Você tem certeza?
– Sim... isso é tudo que eu desejo.