As dores de um homem qualquer

Adam, por muitos anos durante a sua infância considerava a si mesmo a pessoa mais legal do mundo, se gabava por sua enorme criatividade ao brincar de bonequinhos e não se importava quando os ‘coleguinhas’ da rua não o deixavam jogar bola ‘’ – Sou bom demais para eles’’ dizia Adam sorrindo, orgulhoso de si mesmo. Conforme os anos foram passando, ele percebia algo um tanto quanto incomum, todos a sua volta sorriam, iam em festas e viviam em grandes grupos (..) Menos Adam, que embora fosse uma pessoa legal e um tanto quanto interessante não se enturmava com os outros; Como ele mesmo dizia ‘’ Eles são burros demais para mim’’ os dias de sua vida seguiam, e sozinho ele brincava, ria, chorava, lia e conhecia vários amigos literários com o qual passou boa parte de seu tempo. Após a alguns anos já na adolescência a presença da companhia humana havia se tornado desnecessária (..) aquela sensação de estranheza ao ver os outros sorrindo já não existia mais, para ele era como se toda a humanidade estivesse embriagada de estupidez, e ele... é claro o único a tomar a última doze de sensatez; É Claro que com isso houveram consequências sua pobre mãe não o compreendia, e todos a sua volta se afastaram. Aos vinte e três anos Adam foi morar sozinho em um velho apartamento, no décimo terceiro andar na rua quarenta e dois de um bairrozinho qualquer, lá estava ele (...) sozinho, divertindo-se consigo mesmo.

A Aqueles que diziam que Adam sofria de depressão, outros que ele precisava do amor de deus em sua vida, no final ele era o único que poderia responder essa questão. Afinal Por que alguém escolheria a solidão?

A Amizade e o amor fazem parte da convivência humana, por que alguém se afastaria dos princípios que regem o bem estar da nossa espécie? Esta era uma das muitas perguntas que Adam fazia, todas as noites ao escrever um de seus melancólicos textos.

No dia 04/02/ de um ano qualquer, uma simpática senhora sentia um cheiro estranho vindo diretamente do quarto de número quarenta e dois, quarto este que residia adam no décimo terceiro andar. Ao acionar as autoridades locais foi-se descoberto que o mesmo havia de cometido suicídio no ápice de seus vinte e três anos, o mais surpreendente é que ao lado de seu corpo putrefato havia uma pequena carta com uma única frase dizendo

‘’ A Única felicidade é a de não nascer- Arthur Schopenhauer’’

Gerson De Rodrigues
Enviado por Gerson De Rodrigues em 20/03/2018
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