O INIMIGO DE SI MESMO
Eu sou o adversário seu, inimigo e rival, alguém que está contra você. Eu sou seu estorvo que precisa ser expulso de sua vida. O intruso do seu desejo que na qual não devolve a imagem que eu sou.
Eu sou a insegurança, o retorno ignóbil dos seus medos e frustrações que não faz compreender. Eu sou o muro da linguagem que lhe divide a cama, como alguém que você tem que enfrentar para se fazer refletir quem você está sendo.
Eu sou a pele que habito, o corpo do saber da carne que sonha e incorpora o segundo. Eu sou o seu corpo colonizado, como fala de fronteiras imaginárias. O reembolso que desagrada, a madrugada desamparada. A moral velada do prisioneiro da encruzilhada.
Uma pessoa que quer agradar a todos, nunca vai aceitar a sua imagem invertida, pois não existe o depois, a vida é um eterno agora e você só aprende o que acredita, isso que encurta a nossa reflexão, quando não se depara a aceitar os outros de si mesmo que ti afetam tanto. É a sua cabeça que grita pela a culpa dos fantasmas sentir, que são os seus próprios pensamentos os teus pesadelos sonhados, se o inimigo sem si-mesmo não percebe o outro como um ser para-si.
De Fernando Henrique Santos Sanches - Fernando Febá