E a chuva continua...
Eu imagino que todo poeta
Traz dentro de si
Um pouco de loucura
Apesar da reclusão
Que tenho me encontrado
Pelas chuvas incessantes
Mas não posso negar
o fascínio exercido por ela
Sobre a minha mente fantasiosa
É como se eu estivesse vendo
As plantas alegres e sorridentes
Na chuva a se banharem
E ao mesmo tempo cheias de gratidão
Rendendo louvores ao Criador
O ambiente torna-se bucólico
Aflorando um certo romantismo
A chuva caindo sobre o telhado
Os pardais brincando na poça d'água
O vento roçando minha face
Umedecendo-a com o seu orvalho
O solo totalmente regado
O rouxinol dos pássaros
Diante dessa beleza inaudita
Sou obrigado a me render
Ao esplender da magnífica chuva.