DESABAFO POR ESCRITO, PAIXÃO E TEXTO ANTIGOS...

“Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue a sua alegria, a sua paz, a sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja. A razão de ser da sua vida é você mesmo”.

Se eu tivesse refletido melhor sobre essas palavras, provavelmente não tivesse caído (de forma tão desprezível) em mais uma “cilada” amorosa que a vida me proporcionou, algo ainda bem recente para mim e que me deixou algumas “cicatrizes”. E o pior é que eu não aprendo nunca com essas experiências. Acabo sempre me envolvendo, me entregando por completo para alguém que, por vezes, não tem discernimento suficiente para lidar com o “problema”.

Portanto, gostaria apenas de compreender o porquê dessa minha sina, dessa minha constante frustração com os sentimentos.

Essa minha "entrega emocional" poderia ser explicada, talvez, pelo fato de eu nunca ter ouvido (pelo menos, ao que me consta) da boca de nenhuma “infeliz”, aquelas três palavrinhas mágicas e que fazem toda a diferença na vida de um homem. Um EU TE AMO, a essa altura dos acontecimentos, poderia até mudar o rumo dessa minha vida, de maneira decisiva.

Mas isso, seguramente, sempre foi algo impossível de acontecer para uma criatura “inapaixonável” como eu, um sujeito preponderantemente incorrespondível, em se tratando de sentimentos. E pra dizer a verdade, eu já cansei dessa vida de pombo, de viver só de migalhas.

A vida nos mostra que podemos encontrar a tão sonhada felicidade nas pequenas coisas, nos menores detalhes. Como dizia Raul Seixas, “...viver é ser feliz e nada mais!” E eu só queria uma chance de poder ser igual a todo mundo...

Campina Grande, abril de 2013