Além do bem e do mal
A moralidade é o que nos define entre os dois lados da vida, o bem e o mal. Tais lados consistem como pilares em nossa sociedade. muitos dizem, que uma pessoa apenas pode viver embaixo de um desses pilares, e que seria impossível, alguém compartilhar das sombras de ambos. Geralmente vemos as pessoas se esforçarem para conviver embaixo do pilar da bondade, como por exemplo seguindo alguma religião, ou fazendo ‘caridade’ mesmo que a pessoa em questão, não se importe com os outros, mas sua vontade de parecer boa para a sociedade, a obriga mostrar-se como alguém que ela não é.
Fingir-se uma pessoa boa, o torna uma pessoa boa ? ou apenas uma pessoa querendo a aprovação dessa sociedade hipócrita que nos cerca ?.
Geralmente as pessoas vestem a mascara do bom samaritano, para serem aceitas em nossa sociedade como uma ‘pessoa de bem’, como se essa mascara escondesse toda hipocrisia por trás de seus atos pecaminosos, e seu preconceito enraizado.
E por obsequio a vontade das pessoas em serem boas, torna a bondade algo superficial e irreal.
Se as pessoas se esforçam para ser alguém melhor, quando na verdade não são, isso não seria uma evidencia de que o bem e o mal na verdade não existem, e apenas o criamos a fim de categorizar as pessoas ?
Então o que seria o bem ? se não o mal com uma mascara de veludo e um sorriso falso.
A religião é vista como um abraço quente, em um dia frio. Para aqueles que se alto intitulam pessoas de bem, mas essas mesmas pessoas, são as principais causadoras de ódio e preconceito. E a igreja uma perseguidora de minorias.
Seria o mal então o bem ?. mas não seria de todo mal, aquele que tira a vida de alguém ?.
Matar alguém muitas vezes, pode ser visto como um ato de maldade. Mas e se o ato for justificável ?. como por exemplo, alguém entra em sua casa. E tenta estuprar a sua filha, e em um momento de alto defesa. Você tira a vida do individuo. Seria você uma pessoa má, por matar um estuprador e salvar a sua filha ?, ou seria você uma pessoa boa se deixa-se o ato acontecer. E o individuo impune ?.
Aonde ficariam os pilares da bondade e da maldade nesse momento ?
Uma decisão difícil, que iria requerer um passo além dos pilares.
Se o bem e o mal, são apenas dois pilares de ilusão, como definiríamos as pessoas ?
Dentro da cultura pop, temos muitos exemplos de personagens que vão além do bem e do mal, como por exemplo o Vegeta da franquia Dragon Ball, aos desafortunados de boa ventura, que não estão familiarizados com o desenho ou o personagem em questão.
Vegeta é o príncipe de uma raça fictícia conhecida como Saiyajin, E desde sua infância é considerado um prodígio, e um gênio das lutas, tendo passado boa parte de sua infância vivendo em um ‘’berço de ouro’. Tendo então sua personalidade moldada como uma pessoa ‘’superior’’ aos demais.
Sua arrogância, frieza e falta de humildade, o tornava uma pessoa ruim, e desprovida de qualquer tipo de boa intenção. A sua ‘maldade’ era tamanha, que um de seus ‘trabalhos’ no inicio da série, era nada mais nada menos. Do que matar todos os ‘’seres’’ de um planeta. E vende-lo para o dito ‘’imperador’’ do universo.
Com o passar do tempo, vegeta mudou completamente sua personalidade, (devido a diversos atos e acontecimentos dentro da franquia, que não valem a pena serem citados pois não é o foco do texto.)
O personagem que antes matava cruelmente, por orgulho e cobiça, hoje daria sua vida para proteger sua mulher e filhos, mas que age de forma maldosa, se necessário para protege-los. Mostrando que a vida é muito mais complexa do que o bem e o mal.
Os pilares do bem e do mal, são apenas ilusões criadas, para nos categorizar. Quando na verdade, não somos categorizáveis, somos muito mais complexos do que isso. Somos apenas pessoas flutuando em um pálido ponto azul, em meio a um oceano cósmico. Que podem ser boas e más, dependendo de uma infinidade de variáveis.
O Mestre Yoda nos ensinou que todos nós temos um lado negro, e um lado luminoso, podemos ser pessoas boas e más. Só temos que tomar cuidado com o lado negro, para que ele não nos domine. E acabemos prejudicando outras pessoas. Embora muitas vezes o lado negro nos venha a ser necessário. Dependendo da situação. Mas o que realmente importa, é entendermos que não existe o mal e o bem absoluto. Apenas pessoas.