A MADRUGADA
O sono bateu asas
A sinfonia que parece uma ladainha
Do grilo que não cansa de cantar
O arroubar das ondas
Incessante na praia
O silêncio que invade o ninho
Trazendo consigo uma certa
Sensação de mistério
Eu arrebatado na cama
Velando as paredes
La fora o vento gélido
E a neblina que se paira
Para a minha infelicidade
A madrugada vai passando
E a ladainha continua
Como se fosse uma súplica incessante
Até quando ela persistirá?