As inquietantes dúvidas enfim levam a respostas?
Nós precisamos chegar a certas conclusões. Nós precisamos "passar de fase". Para isso, muitas vezes, são requeridas missões árduas, ardências interiores cuja origem não se conhece, por cuja origem nos esfacelamos em busca inquieta... Às vezes, entre tantas perguntas que não conseguimos solucionar, em momentos que facilmente desistiríamos, graças a um instante de luz e calma a resposta se nos revela, com tanta simplicidade que nos tira do sério. Será que em meio às diversões do nosso dia, não acaba por nos parecer pouco emotivas aquelas respostas? Após tantas e insistentes perguntas, não deveria ser mais rica e fulgurante a nossa resposta? Ora, acalmemos o nosso coração, saibamos que a glória de Deus se opera em silêncio... A resposta talvez precisasse daquelas perguntas todas; pode ser de sua natureza ontológica... A cada vez que perguntamos, é uma nova entrada naquele rio; nunca é o mesmo. Todas as nossas lamentações, enfim, de alguma maneira resumem a nossa história, o que reafirma, então, o que nós somos em facto real agora! O balanço das dúvidas nos traz a nossa situação real, completamente dependente da nossa necessidade: é o instante sagrado da pergunta, é a clareza necessária sobre si mesmo para a recepção da resposta. Deus nos concede a boa resposta, ainda que sob uma repreensão.