Desatando os nós.
A derramar-se em solo
arisco à florescências,
a inocência nada brota,
senão a peca e falsa
simpatia.
O que de flor tem
a semente no fruto,
entre polpas, máscaras
a disfarçar árvores
e raízes?
Somos todos nós
a desatar por dentro
num avesso sedento
de inconsistente ilhós
a abrir-se.
Quem do broto, brota
senão a florescência,
senão o caído ao sulco,
desprovido e sozinho
a entregar-se?
Somos todos sós,
a pescar a última vez,
a esperança na isca
a conhecer o imerso
universo.
Dentro de um peixe,
sua ova, semente
a brotar em broto
imerso a abrir-se
sobre si.
Desatemos os nós;
Deixemo-nos sós
e as casas contadas
sem cortinas pro sol
a entrar.
Eis nosso universo;
Eis dorso e inverso,
porque contrário
a contrariar todo seu
perverso.