O lado que eu escolho é o lado do bem
Eu, na medida do possível, procuro experimentar de tudo, ou melhor, quase tudo. Antropofagia Oswaldiana hehe. Busco saber um pouco que seja, até mesmo do que não me interessa, do que me causa repulsa. E se o que eu provar não aprovar, nem por isso costumo sair por ai falando mal – vá lá que, um comentáriozinho maldoso, a gente sempre acaba fazendo, por que ninguém é de ferro né, mas também sempre me esforço para parar por ai.
Desisti desse negócio de ser contra. Eu não sou mais contra nada. Agora só não sou a favor. Ser contra, ao meu intender, é querer boicotar, eliminar, destruir... quanto a não ser a favor, é no mínimo respeitar o direito do outro existir. (Não estou incluindo as situações extremas, onde o buraco é sempre mais em baixo). Tudo bem que isso implica em ter que conviver, até mesmo com as coisas que me desagradam pra k ralho. Essas talvez fosse melhor que existissem bem longe de mim haha.
São poucas as coisas que eu não gosto: As que eu não entendo. As que eu não confluo. As que eu entendo e mesmo assim não curto, mas por entender, eu respeito. As que eu não gosto mesmo. E as que finjo não gostar, no fundo, por inveja ou incapacidade de ter, fazer ou ser melhor.
Isso me fez lembrar de uma frase: “só existem dois tipos de mulheres, as que me amam, e as que não me conhecem”. De quem será que é essa frase? Hahaha.
Acho que quando você entende o motivo do por que tal pessoa curtir determinada tipo de música por exemplo, mesmo não sentindo o que ela sente ao ouvir, fica bem mais fácil de aceitar ou respeitar.
Você não gosta do que ele ou ela gosta, porque você é você, você não é ele ou ela, entende? Existem circunstâncias que fazem com que aquela pessoa goste daquele tipo de música, e circunstância que fazem você não gostar. O mesmo acontece ao contrário. (A música é só um exemplo, poderia ser qualquer outra coisa). Aquilo que causa prazer a ela, não tem necessariamente de causar a você, nem tão pouco necessita de sua autorização.
Certa vez eu assisti uma entrevista com o Mario Sergio Cortella, em que ele dizia ter se forçado a ouvir o CD da banda one direction, na tentativa de entender o que levava alguns fãs ao suicídio por conta da saída de um dos integrantes da banda. Realmente curioso, não? Talvez não seja suficiente o Cortella somente ouvir as músicas. Acho que para entrar na cabeça de um desses fãs, ele teria que se aproximar mais da vida, dos gostos em geral, da rotina desse jovem. E mesmo assim, ainda acredito que continuaria não sendo o bastante. Como desvendar o motivo da sensação que causa tal musica a determinada pessoa?
Eu não estou do lado de nada e nem de ninguém. Eu estou do meu lado, myself. Acredito que dá pra se tirar proveito de quase tudo. Aprender com quase tudo. Nem que seja a aprendizagem daquilo que não se deve fazer. Ou melhor, daquilo que não se quer pra si. O que se deve e o que não se deve, é problema de cada um. O que eu quero ou não quero pra mim, é problema meu.
Você é desse partido ou daquele, a favor desses ideais ou daqueles, cristão ou ateu... Definitivamente eu não pretendo escolher um lado. E isso também não quer dizer que eu esteja em cima do muro. Eu simplesmente, como já disse, estou do meu lado. Meu lado não é o de lá, nem o de cá, e nem o do meio. Se for para escolher um lado, o lado que eu escolho é o lado do bem, da sabedoria, do amor sadio!