Reino a Estranhos
E assim, por mais uma vez, como é de praxe na vida de cada um de nós, as portas foram fechadas. Ali na frente, em Terras impróprias, encontraremos novas estadias e quiça: beberemos da mais límpida água e veremos gestos sinceros e zelosos. A vida é pra ser vivida das formas mais variadas e dela se esperar de quase tudo. Perdemos, sim, mas jamais podemos desistir de trilhar esse caminho árduo. Ele, talvez, não nos levará a grandes êxitos, a grandes conquistas... Apenas queremos viver e fazer de tudo para que nunca falte o essencial a quem por direito necessita. Não somos perfeitos, aliás: ninguém jamais será! Somos movidos por sentimentos verdadeiros e o tempo jamais matará isso em nós! Não interessa que cargo ocupamos, que classe social nos associamos.
Em nosso mundo, não existe espaço para reinos estranhos. Não
há a menor hipótese de seres dessa linhagem invadir os nossos do-
mínios e expulsarem nossos entes queridos. Não! Nesse território, onde existem alguns lagos límpidos e outros nem tanto, não haverá nenhuma chance de vocês criarem asas.
As palavras, quase sempre, não dizem absolutamente nada. São
lançadas a favor do vento, de maneira propícia ao bom entendimento
alheio. São formosas, bem descritas: são damas exuberantes saídas
de cavernas inabitáveis. O que enchem os olhos são os gestos sinceros
e por que não dizer coerentes? Esses sim fazem valer a pena a curta
passagem nesse pequeno Planeta.