O AMOR É O QUE NÃO É O MESMO DE MIM

O amor é relatividade, partilha a mais que o todo, igualdade combinatória de oferendas, intercâmbios e afinidades. Reciprocidade da proporção da falta a reencontrar, o sonho avesso do encontro; poder ser feito semelhante e oposto, suporte da esfera que se compraz em ocupar o lugar no desejo do outro; que dilata a brisa dessas esperas, em um mundo largo de sentimentos, que assim somos feitos, desconhecidos pela linguagem da natureza humana. Temos carência de espelho, pequenos infinitos, que tem o gosto amoroso, fluido das delícias que sofrem da paixão. É a capacidade de se entregar e reconhecer o ceder mais precioso. Como a terra pudera agora na beleza nascente brotar suas rezas, "para criar a alma como uma pele inversa do outro".

De Poeta das Almas- Fernando Febá

Fernando Henrique Santos Sanches

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 27/10/2015
Reeditado em 22/12/2016
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