Reflexões Urbanas parte I
“Tenho sonhos rabiscados jogados na lixeira do meu quarto. E nestes quartos de hotéis, além de suas portas, há ferro e concreto vivos, em contraste com o rosto marmorizado de quem lhes deu a alma para manter o caos vivo. Aos sábados, para suprir o vazio, sorrisos embriagados, e por sorte, um sexo mecânico e casual, tudo descartado em uma ensolarada segunda-feira. Ter a centelha de alguém dentro de si é a salvação. A centelha é a saudade e quando a sinto, vejo que ainda tenho minha alma que não foi vendida, mas está perdida em algum beco dentro de mim. ”