A teoria da modernidade
Para muitos é o choro uma prova de que emoções diferenciam um tolo dos animais, apesar de que os animais são tão naturais quanto o necessário para manterem a própria existência em risco. A mediocridade de acreditar que existem provas de que a vida está valendo a pena, é tão grandiosa nos dias de hoje, que muitos passam uma vida inteira buscando pela aprovação exterior. Mesmo sabendo que a convenção individual é um romance intransferível ao senso comum, está na individualidade todo o brilho que é parte da coletividade.
A nomeação de si mesmo para agente da mudança é tão real quanto prazeroso, o problema é que apenas artisticamente conseguimos nos comunicar com aqueles que buscam pelo absolutismo do rebanho. Quando a derrota chega é que realmente muitas dores surgiram de um narcisismo sem a marca de tempo. O sentimento de culpa e redenção, não passa do resultado punitivo de uma sociedade doente pelo complexo de inferioridade, este que foi criado pela democracia em que todos possuem o mesmo poder de decisão.
Hoje possuem todo o acesso aos livros clássicos e que são modernos para um dia tornarem-se parte da história da humanidade, ainda que não saibam que o tempo do mundo é passageiro como uma viagem de trem que em nada importa se o destino principal é estar no vilarejo. Querem afirmar que o forte precisa ser fraco e que tudo o que poderá um dia acontecer de novo é fundamentalmente o alimento das esperanças. Pouco sabem as pessoas medianas que toda publicidade pelo bem comum ou salvação da humanidade, não passa de um forma dos senhores desviarem o foco do rebanho até que ovelhas especiais sejam sacrificadas em escuras cavernas.
O surgimento da mulher como representante de classe é apenas uma forma de idealizar o mundo ideal feminino, enquanto que o estilo histórico dos homens é demonizado. Dizem claramente e sem vergonha nenhuma que recuperar o passado do mundo é uma forma de fazer justiça social, fazendo de conta que justiça social é impedir a destruição de um vilarejo, enquanto sábios são massacrados pela expressão do próprio pensamento. Infinitamente o indivíduo é importante para a massa, sendo que a massa nunca será importante no processo glorioso de transformação.
Enquanto assistem como malditos depressivos pela ascensão da ciência, pela veneração da política, pela tentativa religiosa de cristianização do mundo, é a vida que se passa e ao final da vida resta apenas um doente mental em processo de suicídio sem o devido aniquilamento moral. Através da tecnologia apenas se apresenta o senso comum e se existe uma maneira superior de ver o mundo, que discussões sejam geradas para que apenas os reflexivos possam sobreviver ao naufrágio dos deuses. Mesmo que parem de atirarem pedras nos prisioneiros, serão eternamente os recém libertados uma casta de ressentidos.
Escritor Joacir Dal Sotto .'.
Em breve o meu livro "Curvas da Verdade" pela Editora Multifoco!