A soberania de alguém
Nesse tempo em que tuas lágrimas não encontram mais lenços, em que teu coração não repousa mais no corpo que um dia te apreciou. Ainda choro sem você, apesar de que não posso mais diminuir toda a tua aflição. Sei de tuas loucuras e em meu sucesso sou muito mais que simples metáforas.
Perdi muito tempo sem ouvir canções que me faziam flutuar, também encontrei muita luz em teu jeito tão devastador de viver. Reencontro o teu riso na mais doce solidão, como também te procuro em meio da multidão, enquanto não mais me perco na embriaguez profana. Um dia estive suave e agora apenas retorno ao meu estado inflamável.
Eu quero que você perceba que resta um tempo indecifrável pelo senso comum. Todo o preconceito que um dia vigorou foi engolido pela glória daqueles que nasceram superiores. Pare de rezar e quanto mais você ouvir quem não te ouve, muito mais será levada para um poço de negação e tristezas.
A coerência que um dia exigiram, é a mesma carne enterrada pela razão da qual nascemos. Estive com você sem ao menos conseguir dormir, agora que não mais estou com você, sou levado pela mistura instantânea de bem lá no fundo querer estar. Parei de ferir e arrependimentos não alimentam quem precisa de muito mais do que amor.
Apague todo o passado de maneira que não possa me esquecer, esconda todo o futuro de uma forma tão elevada de conduzir intensamente o que hoje existe de belo. Não deixe para depois e quando acreditar que a morte chegou, suspire para enlouquecer quem sempre te atormentou. Seja forte com palavras e se os gestos não forem o bastante, que a sorte te persiga.
Escritor Joacir Dal Sotto​ .'.
Em breve o meu livro "Curvas da Verdade" pela Editora Multifoco!