Solidão consentida

Tantas pedras em seu caminho. Nenhuma a fez parar.

Apesar das dores, sempre há um sorriso no rosto. A resiliência a define.

Os desvios, saltos, quedas e tropeços que a vida lhe impõe, fez com que uma linda dança surgisse... dança cujo passos só ela sabe!

Cada música é única. Cada qual tem seus passos. E quão lindo é quando duas pessoas resolvem dançar juntas! Nem sempre é fácil acompanhar o compasso alheio.

Ela gosta da solidão. Consentida. Sem explicação. Sem ter porque.

Gosta da sua companhia, pode ficar horas consigo mesma.

Planeja um castelo. Vive à beira mar. Na sua tristeza apenas observa. Há tantas lágrimas nos sorrisos alheios. Tanto sal nos corações que se escondem. Salmoura da alma.

E de pedras e flores ela faz seu caminho. Faceira. Quando o peso é demais ela se deita sobre as pedras, por entre as flores. Mistura-se à elas: é uma delas! Exala o mesmo perfume.

Recompõe-se.

O caminho é longo e ela precisa ir. Até porque... não sabe aonde vai chegar!

Segue e só.

Segue só!

Babi Bordin
Enviado por Babi Bordin em 29/06/2015
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