Uma música da alma
Em cada nota musical ainda sou capaz de ver tudo o que existe de melodia não criada, de canções eternizadas no coração dos poetas. Sou muito mais que bons ouvidos que estão interligados em um coração que vai até as profundezas da alma humana, sou a parte errante de uma apresentação que ocasiona o aniquilamento do artista. O que sobe ao palco é tão imperfeito que em sua loucura precisa provar ao público que é uma tirania a perfeição.
Tentaram provar que nos sanatórios estão todos os loucos, ainda que não percebam que os sanatórios foram criados por quem apenas acreditava ser normal. Em símbolos penetram na caveira e apenas eu sei do tanto ódio que terão diante da tragédia. Poderiam manusear a arpa mais rara, mesmo que os ruídos do pensamento não deixassem apenas a canção vigorar.
Fui na garganta do Diabo para perceber que não precisa chegar até o fundo para perceber que tantas náuseas são provocadas pela simplicidade do bem e do mal. Estou em Deus e não teria motivos para não ser mais um deus caso não fosse o meu amor interior. O meu corpo ainda relaxa no som que vem de fora e faz de minhas emoções uma nobre arquiteta que sabe dançar.
O que existe de melodia boa ou ruim em nada me importa, o que é bom está ao meu alcance, sem necessariamente os péssimos instrumentistas serem o desgastar de meu espírito superior. Penetro no vazio da arpa sem deixar de fortalecer o artista até que o público seja como o amor de mãe para filho. Deixo dos tolos por selecionar naturalmente toda a forma de sabedoria, não deixo é da vida simples por ver em muitos pobres uma nobreza que ignora toda forma de hipocrisia.
Escritor Joacir Dal Sotto .'.
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