A constelação do saber
Um mundo que não parecia sem sentido, sem boas ou péssimas lembranças, sem esperanças ou um coração aflito, apenas um agora que assombrava e iluminava grande parte do dia. Ao olhar dos reflexivos não existia crença em muitos momentos, o que existia era o questionamento de todos os valores. Antes do sol do próximo verão aquecer os corpos do inverno, no calor do pecado muito tinha o seu poder de persuasão.
Muito de moral naturalmente tinha espaço na academia, o que carecia de espaço morria em meio ao deserto. Tudo tinha que ser intensificado por simplesmente pertencer ao que é demasiadamente humano. Dos velhos sábios muito renascia em jovens corações.
Em nada importava o entendimento para quem nunca deu importância ao conhecimento além do poder. O próprio poder estava defasado pela falta do indivíduo potente sobre o trono. Os pastores agonizavam com seus cordeiros, o problema era que todos viviam de promessas como se promessas libertassem os espíritos superiores.
As agressões faziam parte do sangue que corria nas profundidades do pensamento, o que não acontecia eram agressões para que surgisse uma doutrina do sangue derramado por miseráveis, que diariamente congelavam a imaginação em verdades absolutas. Escolas foram abertas para que os que tinham vontade de serem parte de uma casta superior fossem atendidos. Ainda que escolas fossem fechadas quando um dependia do outro para que o estudo fosse elevado.
Quando muitas estações pareciam não mais retornarem, o homem superior foi capaz de retornar para dentro de si mesmo sem hesitar diante quem discutia moral sem nunca ter encontrado o próprio aniquilamento moral. A pureza deixou de existir pela maneira soberba do ser humano colocar sentido ao que estava ligado ao seu ego. As recompensas que os tolos queriam não foram lhe dadas, o que restaram foram dias que se passaram pela grandeza de estados em que a potência era de um brilho incomparável.
Escritor Joacir Dal Sotto​ .'.
Em breve o meu livro "Curvas da Verdade" pela editora Multifoco!