O meio adequado ao indivíduo
O meio é a estrela brilhante que poderá explodir antes de chegar ao fim. Quem quer fazer proveito da vida precisa entender que não existe fim enquanto existir um meio, que não existe meio enquanto que o fim é o próprio meio. A ilusão de acreditar no amanhã, de apostar que o erro de hoje irá eliminar o paraíso do amanhã, é totalmente uma marca do velho ser humano.
Quando tínhamos apenas a natureza da maneira que o mundo era, apesar das poucas décadas de vida, era possível sentir um pouco mais de eternidade. Os valores foram se estabelecendo no seio da sociedade e tudo o que hoje existe é uma tirania da felicidade. Caso a felicidade realmente existisse em sua plenitude, a vida não seria trágica da maneira que sempre foi e sempre será.
Podemos atingir elevados momentos de alegria, o que não podemos é deixar do escudo e da espada para que a jornada fora da guerra seja de paz. A comparação que muitos fazem é com o senso comum, o problema é que o senso comum é uma tentativa de moralizar a humanidade quando se nega toda a vontade individual. O poder de alguém se sentir bem nunca será um sentimento comprado ou vendido, o poder de alguém se sentir bem é apenas uma marca de escolhas que constantemente são feitas.
Qualquer indivíduo é capaz de amar, todos precisam sensibilizar o próprio coração para que o amor penetre enquanto é exalado. Para todos os que duvidam do poder do amor e da individualidade, não é necessário ficar padronizando o comportamento ou tentando dizer mentiras para provar que a incoerência é danosa. Quem é forte e superior, consegue muito bem conviver com as divergências, por algumas vezes um cristo afirmativo e por outras um Nietzsche questionador.
Escritor Joacir Dal Sotto .'.
Em breve o livro "Curvas da Verdade"