A ousadia do alegre saber
A confusão mental que muitos carregam não vem da ignorância que assombra grande parte da humanidade, todos os pontos que afogam o coração, nascem do próprio coração. Muitos carregam como meta uma vida de conhecimento, apenas para corresponderem as expectativas exteriores. Outros ainda carregam como meta uma vida de fé como se a fé fosse apenas um bastão metafísico, acabam alcançando aquilo que se propõem.
Uma proposta ousada é encaminhada pela verdade, não uma verdade absoluta como o rebanho necessita para se manter imutável, uma verdade pelo simples da reflexão para que nasça a transmutação de todos os valores. O aperfeiçoamento é até banal quando a largada é dada de forma apressada ou através de milênios estabelecida nos pobres cordeiros. Eu não vejo que o medo de perder poder seja a marca dos conservadores, os conservadores temem o novo, temem afirmarem que depois da morte existe apenas a consciência do que está sendo feito no presente.
Não teremos mais potência através de um louco amor, enquanto permanecermos limitados espiritualmente para que a dança cresça em pleno abismo. Seria realmente tudo quase perfeito se a morte fosse apenas um curto intervalo de uma pequena partícula de consciência dividida para nos interligar no mundo do amanhã. O problema é que muitos programam uma vaga no paraíso para que possam ter argumentos que justifiquem a negação da existência demasiadamente humana.
O ódio seria tão medíocre se pertencesse apenas aos tolos, o problema é que alguns possuidores da ponte de sabedoria deixam de amar como se o passado fosse o guia para que fosse feita a vontade individual tão soberana. A psicologia veio para enganar ainda mais o homem moderno, as universidades alimentam a esperança de escravos que querem começar a vida no amanhã. Infelizmente se a vida é eterna, quem salva o presente é exageradamente um espetador do próprio espetáculo.
Escritor Joacir Dal Sotto