Uma reflexão sobre o preconceito
Quando falamos em preconceito tocamos em um ponto que atinge profundamente toda a individualidade. Discutir sobre tantos preconceitos que assombram a humanidade não é o caminho central do fortalecimento do ego. Não existem animais indefesos, como também não existem seres humanos totalmente indefesos.
Todos os seres buscam por potência, por amor, por grandeza. A fraqueza não é sinal de que precisamos ter compaixão por quem não busca se fortalecer. Das diferenças que movem o mundo, é sonhar e lutar para realizar os próprios sonhos que afasta muitos tolos do caminho e ao mesmo apresenta o novo como encantador.
Tentam igualar uma minoria para que a maioria estenda os corações, tentam igualar uma minoria para que a maioria seja a voz da democracia moderna. O problema é que pouco sabem que o passado vem das convicções do presente e o futuro, o futuro meus caros leitores, vem da ilusão de negar o presente. Quando nadam contra a corrente é todo o sofrimento que vigora naqueles que poderiam ir de acordo com a própria vontade.
O convívio é realmente complexo para quem é diferente, quem é capaz de refletir não sofre preconceitos por estar além do bem e do mal. Quanto mais se preocupamos com os outros, muito mais deixamos do próprio lar. As figurinhas modernas apresentam milhões de informações, sem despertarem no velho indivíduo toda a capacidade de questionar todos os valores que limitam a capacidade criativa do jovem que nasceu livre.
Poderíamos sacudir todas as religiões, o problema é que em seus cantos existe uma convicção de pessoas medíocres que tentam se religar é com o mundo, deixando do pacto divino que um dia fizeram. Todos estão loucos na atualidade é pelo preconceito que carregam por desconhecerem o universo interior que cada ser humano carrega. Quem deseja ser dinâmico e alegre, deixa de ouvir e fala quando compreende que apenas escudo não basta, que escudo e espada é para quem vai guerrear, que sem escudo e espada não existe guerra ou paz.
Escritor Joacir Dal Sotto