A ponte da tolerância

Eu não concordo em quase nada com o que muitos dizem e aplicam para si mesmos, por muito tempo muitos me feriram e alguns irão me ferir quando contradizerem aquilo que digo. Tento impor a minha vontade de maneira que não precise agredir as pessoas e também deixo com que os meus desejos repousem em nome da moral, em nome de meu amor pelas pessoas ao meu redor. Gosto da argumentação em praça pública e em minhas constantes viagens ao deserto de meu ego busco fazer inúmeras reflexões.

Sei que sou radical em muitos aspectos e não desejo é acabar com a vontade dos outros que me contrariam. Faço é de minha loucura e dos meus questionamentos uma maneira de despertar o lado positivo daqueles que estão tão perto de viverem dos próprios sonhos. Sei que a realidade de muitos está longe de ser a realidade esperada e a culpa para todos os problemas da sociedade não poderá ser mais uma farda aplicada no coração dos preconceituosos que foram vencidos pelo velho que lhes cruzou o caminho.

Não posso libertar os prisioneiros que pedem ajuda em meio ao frio e ao calor do deserto sem antes trocar uma ideia com os senhores que lhes aprisionaram, é que cada um tem uma versão e ouvindo os dois lados posso se aproximar da causa de tão vergonhosa guerra. Ao vilarejo não levo mais notícias da guerra para que todos possam perceber que a guerra está além dos danos puramente materiais e físicos, a guerra é mais uma metáfora que precisa ser rapidamente compreendida pelos curiosos. Na montanha se encontra a loucura que de maneira alguma será revelada para quem é incapaz de superar os obstáculos da ignorância.

Não busco me vingar dos meus inimigos como imaginam os que me acompanham nessa minha jornada que aos meus olhos é épica, busco é ironizar até que todos sejam engolidos pelas estrelas como eu um dia serei engolido sem nada de ressentimentos precisar levar comigo. Em meu amor que é o mais nobre dos sentimentos carrego desejos que talvez nunca sejam saciados e quando consigo transcender é que encontro o sabor de meu lado moral mais elevado. Da ética que está em meu cotidiano existe sim o meu respeito por tudo que é combinado, por tudo o que é fonte de minha derrota, por tudo o que é algo além de mim mesmo que logo será por minha argumentação conquistado.

Talvez o peso daquilo que digo não seja profundo, é que precisamos é escolher além do bem e do mal por existir apenas uma escolha que nos acompanha no presente. Tolerar da forma moderna de calar o outro é a mais profunda ignorância que bailou no pensamento humano, precisamos é tolerar de maneira que todos falem, que todos escolham o demônio dos pesadelos ou o deus da dança, ou até quem sabe o deus do amanhã quem nem sabe dançar de tanta compaixão pelos homens. Uma mensagem de tolerância da forma mais elevada está realmente no risco proporcionado pela diversidade, no risco de insistir no ideal até que se desfaça através do amor, através da moral, através da ética, através dos valores demasiadamente humanos que não passam de uma época.

Escritor Joacir Dal Sotto

Joacir Dal Sotto
Enviado por Joacir Dal Sotto em 26/04/2015
Código do texto: T5220918
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