Quanto ao nosso dever ético

Quanto ao que nos faz sorrir é impossível de definirmos para quem não nos compõe na totalidade. Somos uma partícula do universo e ao mesmo tempo somos dois universos que se uniram. A nossa ética está além do senso comum, está além do senso moral que os senhores dizem ser a base da existência que trará a felicidade de todos os homens.

Somos a voz que irá ecoar na eternidade e jamais a chata eternidade que se não fosse eterna seria fonte de inúmeros suicidas. Temos a vontade de prevalecermos na terra e se ao paraíso chegarmos certamente estaremos prontos para repetirmos todos os atos que serão superiores de maneira que não irão retirar o que está em nossa essência superior. Não temos medo de permanecermos por mais de quarenta dias no deserto e em nossa travessia que exige muita coragem temos apenas o risco como certeza da passagem.

Tentamos dançar em terreiros que muitas vezes estão fora de nosso vilarejo e em nosso processo de aprendizado somos mestres maravilhosos ao nosso próprio ego. Dançamos alegremente até no abismo e pouco se importamos se outros irão rir de nossa infantilidade. Somos crianças e mais nos alegra a infância de tocarmos o novo do que a velhice representada por camelos que estão quase de joelhos pedindo para serem devorados pelo leão que nos tornamos com o tempo.

Em noites de luar que nem mais podemos encarar por culpa de nossas doenças físicas e até por culpa de nossa embriaguez incontrolável ainda permanecemos no alto dos edifícios por já não mais necessitarmos das montanhas frias para morrermos. Mesmo que os bares nos levem ao encontro com o nosso vazio mais profundo é nos bares que vemos que somos eternamente diferentes daqueles que se dizem ser os nossos iguais. Se vai a noite da vida e em nossa profundeza de arte estamos sempre em contato com a aurora que se intensifica de acordo com os nossos desejos tão insanos que na própria jornada provam que o corpo é o alimento da alma.

Mesmo que tentem contra o nosso amor é o nosso amor uma linha que nunca será apagada. Somos o aposto do que foi aplicado apenas por buscarmos eternamente pela verdade por descobrirmos que verdades absolutas são valores humanos substituíveis. Queremos o conhecimento de maneira que sejamos uma ponte e não um obstáculo no caminho do jovem.

Temos tantas coisas para revelarmos aos tolos que qualquer sábio que venham interferir será agredido por nossa causa tão silenciosa que por muitas vezes causa pavor em quem não entende da lei do silêncio. Proporcionamos é a reflexão e em nossa união tão distante em moral e espírito não fazemos da vida nada mais que um alimento que nos alegra. Deixamos da tristeza quando tocamos nas pequenas coisas e em nossa diversidade somos realmente a incoerência frente aos céticos que tentam nos encontrar sem ao menos terem encontrado o elo que poderia leva-los ao universo.

Escritor Joacir Dal Sotto

Joacir Dal Sotto
Enviado por Joacir Dal Sotto em 21/04/2015
Código do texto: T5214743
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