A dor que sei

Sei que nesta história só eu morro

E essa casa hoje pela dor habitada

De repente, ausente, vazia, desabitada.

Não é culpa dos meus olhos este pranto

Mas foram os meus pés que buscaram este caminho.

A minha primavera que estava tão formosa

Se apagou no crepúsculo apagado.

E toda alegria existente que seria a nossa lembrança

Se tornou, se resultou, se confirmou, como ferida que não cicatriza.

Sou dona da minha própria treva

Noites sem luz, dias sem claridade

O teu riso da minha dor zomba, ela te diverte

Um dia serás sombra,

Esquecimento

Hoje,

Sofrimento.

E a mim enquanto feliz prossegue

Clamo aos céus

Que essa dor seja breve.

Brasília/2010

Sally Bypholar
Enviado por Sally Bypholar em 07/02/2015
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