A PAIXÃO COMO UMA NECESSIDADE DA ALMA
Do acaso podemos tirar todas as paixões, não estamos destinados, mas somos arrebatados pelo sentir. A paixão é como um impulso criativo de ir até os objetos sonhados. O amor não existe quando não há brasa, nem calor interno, magnitude, se não houver em si uma filosofia de fruição.
O vinho é o alimento espiritual do amor, molhando a alma de frutos deliciosos, de uma força intima ondem casam as palavras através da beleza da alma e do corpo. É na incompletude do ser que nasce sua escrita, onde os melhores perfumes desprendem nos olhos de pássaros, nas folhas verdes do tempo, das vastas memórias dos tempos em que nos conhecemos, durados pela lembrança, contemplando todas as coisas do universo diante de um nascer do sol.
O amor precisa da paixão, como de um despertar de si mesmo, perante um penetrar nos sonhos de outrem, em defrontar sua alma com a tua, o Eu com o Tu. O amor não é um meio, mais um fim. Um intervalo das coisas infinitas do reino dos verbos e da conversa com Deus.
O corpo é o lugar do amor, nele convertemos a precisa paixão, como uma necessidade de criação e reencontro sobre a relação de reciprocidade entre duas almas. O amor é uma força, a sua verdadeira natureza pede o encontro, anseia pelos reinos oceânicos.
De. Poeta das Almas - Fernando Febá
Fernando Henrique Santos Sanches