Atemporal escolha entre o bem e o mal
Queria eu, poder partir, sumir, sonhar. Na solidão, encontrar abrigo, e a amizade do eu que, agora, se sente tão oprimido...
Queria que só, então, dependesse de mim. Mas, por enquanto, é dificílima a decisão entre ser infeliz, e ser infeliz. De uma maneira, ou de outra, a alma ficará pela metade!... Como pode ser assim? Não é justo, de maneira tão precoce, ser imposta a escolha entre o corpo e a alma! Como se fosse assim, tão simples... Uma alma fracionada, para todo o sempre. Não, não basta! Como agravante, há o tempo, que graceja pregando peças. Dependendo da escolha, ainda assim, mesmo que o corpo seja preterido, a alma pode acabar abandonada... E com a crueldade de este abandono acontecer exatamente sobre a linha de corte, entre os úteis e os, agora, inúteis. O tempo corre e cobra uma resposta. Resposta essa, que sou incapaz de oferecer. Sobram, por hora, dores. E faltam amores.