Atualmente, aprendendo a viver,
Caminho para o Oeste,
Seguinto os passos dos meus mestres,
Começo, enfim, a me conhecer.
Começo a amar o frio (como amo o calor).
Começo a reclamar do calor (como reclamo do frio).
Me permito pensar em coisas que repudiava.
Em nome do amor, velho inimigo (que começo a ver como amigo).
Metamorfose ambulante que sou,
Misturo Bach, Kundera e Thoreau
Conservo, com todas as forças, a minha ingenuidade,
Como se fosse ela a minha maior riqueza.
Posto que, no dia em que ela deixar de existir,
Terei perdido as esperanças na humanidade.