Namoro à Distância

Certos momentos marcam mais que uma simples chegada e angustiante partida. Mais que um simples embarque e um aterrorizante desembarque. Na chegada, é como se algo que parece amor, começasse a atiçar a saudade: saudades do beijo, do cheiro, do aperto, do colo, do abraço apertado, do sorriso sem controle, do encontro de duas almas que por um determinado tempo simplesmente esqueceram que o ‘’suposto’’ amor, é justamente isso. Porque cada chegada é um recomeço, uma sensação sendo redescoberta, um novo estímulo. Porque cada partida é sempre uma nova lágrima: insegurança, medo de perder o outro, medo de se perder todo dia sem a ‘’sua’’ pessoa ao lado. É um mergulho cego ao fundo do mar, é um enredo e uma complicação só. É algo que você a partir daí, começa a perceber que definitivamente perdeu o controle de si mesmo. O famoso ego já não comanda mais o seu ‘’eu’’. Não sabemos mais como iremos nos definir sem uma segunda pessoa. Não temos mais ideia do que possa ser. Só sabemos que o sentimento na chegada é de borboletas no estômago, e que o sentimento de partida, é um chamamento para a nova saudade que está por vir até o próximo encontro. Talvez eu tenha realmente aprendido a amar à distância, para um dia finalmente amar sob o mesmo teto. Se este sentimento definitivamente é amor, digo o seguinte: desde o primeiro momento em que te vi- amizade, ternura, paixão, tara, confidência, respeito, admiração e dependência. Estou absolutamente apaixonada. Encontrei meu verdadeiro amor. E o melhor disso tudo foi descobrir que este amor não é à distância, porque dentro de mim, me sinto intensamente completa. Amar à distância nunca foi tão apaixonante.