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Sou gentilezas, sou mimos, sou carinho, sou dedicação, sou amor. Quero tudo e quero agora. Uns chamam de mimada, mas eu prefiro chamar de decidida. Sou assim: uma hora, uma interrogação. Em outra, um ponto de exclamação. Mas tudo bem, não costumo mesmo assumir minhas memórias afetivas ou amorosas, e é claro que fui irônica. Se quem for me conhecer, me julgar pela ''capa'' e não pelo ''conteúdo'', jamais saberá quem realmente sou, porque afinal de contas, por mais que previsões existam, nuca se sabe quando virá uma tempestade ou um tsunami. Sou assim em especial para relacionamentos. Vivo cada dia como se fosse o último, porém, todas as partes de mim são bipolares: ora quero, ora não tenho vontade alguma de fazer e acontecer. A sensação é a que desço uma ladeira muito oblíqua, tentando pisar no freio insistentemente. O freio resiste, a aceleração ocorre. Tento fazer de tudo para que se perca a velocidade. Mas não tenho controle algum sobre meu coração, o que acaba resultando frequentemente em lágrimas. Mas não me leve tão à sério, pois nada é definitivo, somente a morte.  Nem mesmo eu sou o que penso ser. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre.
Prazer, Isadora dos Reis Miranda.