EXPRESSANDO EXPERIÊNCIAS CULMINANTES

A gente somente encontra aquilo que está a procurar, mesmo um sonhador não conhece o seu sonho.

O que não acreditamos no nosso intimo não existe ou se esconde, não emerge porque não tem significância, nunca (para-sempre) vamos encontrar em si o que não acreditamos, não percebemos aquilo que o imaginário antecipa como ação inconsciente.

A alma é formada pelas conversas íntimas, pelas labaredas.

Há uma porta dentro do coração de cada um, que somente poucos são aqueles que serão convidados para jantar, em nossa própria sala de estar...

que mostraremos a nudez da alma, como paisagem escondida em ser o deserto de um mundo que da qual somos o próprio viajante da paisagem distante.

A cada sensação do mundo externo há um símbolo, de uma apresentação de uma nova imagem do mundo não revelada. É na alma que viveremos as mais intensas experiências culminantes, talvez não nos outros, mas pelos outros elas estarão mais vivas do que nunca foram sentidas.

Não existem perguntas, mas uma forma de apreendermos transformar as imagens em palavras, fazendo de um desejo um poema, desejos expressados no corpo aquilo que na alma se passava como experiências retocadas de emoções, aliviadas pela expressão de uma paisagem, que no começo se revelava desconhecida ao autor.

Começávamos a falar pela linguagem dos símbolos, aquilo que relatava era o que de mais íntimo lhe estava passando e não conseguia encontrar liberdade para dizer o que sentias, a não ser se fosse pela expressão da pintura que existia em seu intimo, surgindo como um invento das sensações e idéias, que estava em realismo nas mãos do artista que significava aquilo que não via, o que a alma sentia.

Quando lhe pedia para desenhares o que via e sentia em seu íntimo, desejavas para si própria aquilo que eram seus contornos mais íntimos, aquilo que sentias mais não mostrava o que era visto...

De. Poeta das Almas

Fernando Henrique Santos Sanches