SOMOS CONSERVADORES PURITANOS OU LIBERAIS PROGRESSISTAS?

Quem somos? Essa seria uma pergunta tão antiga, como o dizer de Aristóteles que o humano seria marcado pelo discurso político do Outro.

Quem seriamos? Liberais moderados ou um conservadores a serviço do estado? Influenciados por uma educação liberal ou catequizados pela educação austera?

Os liberais no fundo acreditavam e sonhavam com um regime igualitário, que aniquilaria com os pré- conceitos das idéias atrasadas inerentes do pensamento colonial de centralização de poder nas mãos de poucos.

De um Brasil que ainda estava há servido de uma herança vinda de sistema coronelista demais para o pensamento livre criativo, que acredita no fim dos grandes monopólios do pensamento. Hoje em dia, ainda encontramos muitos que defendem a manutenção desse sistema, herdado do pensamento feudalista brasileiro.

Se pensar é ir contra a si mesmo como dizia Hegel, a diferença estaria que no fundo os conservadores apenas querem a manutenção dessa ordem mantida por idéias por demais de positivista.

Pensar não é subverter a lógica, mais sair da sua própria lógica.

A questão militar no Brasil assim não estaria tanto em declínio como pensavam os liberais adeptos da democracia, fato era a passagem das últimas ditaduras vividas na America do Sul. O fato não dito é que os militares sempre estiveram no poder. Sendo que no Brasil ainda seguimos o modelo escolar de padrão herdado do tempo dos militares, de uma educação burguesa, que já era requisito de uma sociedade absolutista centralizadora.

A doutrina conservadora retoma os seus rumos pela filosofia do cidadão de farda, por uma sociedade que valoriza mais a obediência aos bons costumes provincianos do poder do que o pensamento livre e criativo.

A militarização do pensamento é uma questão de tempo, e mesmo depois de tantas mudanças, o mundo começava a dar o seu toque conservador.

O que os conservadores não querem no fundo? Eles não querem perder o seu lugar, que seriam destinados a os seus filhos e não haveria anti- Édipo.

Entre conservadores e liberais sobravam aqueles que não gostavam de política, esses não imaginavam que a política moldava a dominação do corpo e a anatomia das almas. Que somos determinados pela linguagem.

Os padrões sociais do pensamento se fazem nos discursos repetidos como modo religioso da palavra. Afunilando a lógica pelo discurso do mestre.

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 27/01/2014
Reeditado em 25/02/2024
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