O PRIMEIRO SORRISO
 
 
 
Na minha ingenuidade infanto-juvenil aos doze anos acompanhei o nascimento daquele ser adorável.
Quando ainda bebê, mas já completando dois aninhos de vida eu a vi novamente, agora me sorrindo alegre e feliz como se me reconhecesse e comigo tivesse alguma ligação afetiva.
Desse primeiro sorriso de anjo muitos outros se sucederam, passando do sorrido de uma criança inocente para o sorriso de uma adolescente, hoje uma mulher. Aliás, uma bela mulher.
Quando eu aos trinta anos, já formado trabalhava com afinco para o meu próprio progresso, aquela criatura tão bela tornava-se aos dezoito anos uma linda universitária. Deslumbrado eu via tudo de perto.
E, de tantos e tantos encontros sociais, sempre nos lembrávamos daquele primeiro sorriso inocente de bebê. E então ela sorria copiosamente com gosto.
Agora estamos casados. Felizes porque a nossa diferença de idade em nada interfere. Apenas doze anos.
E o que são doze anos para uma vida que pode durar até um século ou mais? Absolutamente nada.
Mas uma coisa é certa: Do primeiro sorriso, ainda que seja de uma criança, se acreditamos no amor, no verdadeiro amor prescrito por Deus e ensinado por Jesus, nasce uma união duradoura e eterna entre dois seres.
Penso, com o meu coração de poeta, que só assim nasce o amor.
 
 



Nota deste escrevinhador:

O pensamento, desenvolvido em forma de poema, retrata um caso da vida real, não minha, é claro, mas sim, de um casal amigo. Participei da primeira visita e muitas outras, fui ao casamento de ambos e nesses quase quarenta anos observo como o amor é lindo quando construido sustentado na fé em Deus.