Apertos da Vida
Vida, se for para extrair o meu melhor, não se avexe não, pode me espremer.
São os apertos da vida, o estar naqueles lugares onde a língua bate e o dente dói, que nos possibilitam fazer a experiência de nós mesmos e, assim, descobrirmos quem realmente somos e do que somos capazes. São nessas situações que conhecemos, para a nossa alegria ou tristeza, a verdade do nosso eu, daquilo que fizemos e construímos de nós mesmos. Descobrimos o a partir de onde agimos, os pressupostos que regem as nossas ações. E, o mais importante é que tal descoberta não nos fecha ou aprisiona. Pelo contrário, o desvelamento da nossa verdade nos liberta e nos abre o leque de possibilidades acerca do nosso devir. Pois, as dificuldades são a maneira que a Vida encontrou para constantemente convidar-nos a fazer a experiência da auto-transcendência.