Acácia

Admirar suas pétalas estão sugando meu ser. Cada vez que te vejo, meu sorriso se torna seu. E seu cheiro e seu suor passam a enroscar minha alma como se você fosse necessário. Como se meus desejos só se completassem e se tornassem real contigo. Minha bela flor de acácia, porque insistes em me torturar, se ao menos deseja ter a mim?

Acariciar e sentir seu sorriso, me faz agir como bobo. Deveria ser branca, mas ás vezes se assemelha tanto a negra. Será você um pecado mortal, daquelas que mais se assemelham a coroa de espinhos? Ou será que é daqueles que vieram para dar amor, e completar o incompleto? Posso não saber a respostas, embora saiba que bobo sou eu de querer tentar descobrir. Um enigma suave, mais parece canção. Mas nem por isso deixa de ser perdição. E nem por isso deixa de ser amor.

Se é platônico, acredito que sim. Se é entre nós. Ai não sei a reposta. Não sei até aonde tenho seu olhar, na mesma proporção que não sei até aonde você admira meu perfume. Isso tem importância em certos momentos, quando me deparo isolado lembrando você. Em outros momentos, nada me importa, pois você também parece não se importar. E mesmo que nada importe, ainda insisto em te lembrar. É nesses momentos que eu te defino como acácia negra. Por mais bonito que seja, não abandona essa essência.

São várias perguntas, sem nenhuma resposta. São vários sentimentos, sem dois corações. Ao menos sei o que sinto. Pena não entender o que você sente. Era hora de se libertar dessas pétalas. Era hora de me explicar o que somos. Mas pena que é uma flor boba. Acha que suas pétalas o protegeram sua essência para sempre. Pena que eu sou destruidor de pétalas. Daqueles que deseja ter você, por mais que seus espinhos firam a mim. Por mais que eu sangre, desejando sempre te segurar. Mais parecendo um idiota, achando que um dia, em suas pétalas irei me encontrar.

Marçal Morais
Enviado por Marçal Morais em 20/10/2013
Reeditado em 03/11/2013
Código do texto: T4533468
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