Sentimentos da volta.

“O muro” que existe entre nós é apenas a distância, porque quando estamos juntos, mesmo que seja “só de passagem”, a gente se completa, transborda, é feliz.

“Semana que vem” estarei aí, pra gente se ver, recuperar o tempo que é irrecuperável. Eu falo de amor pra você sempre, mas e se isso fosse uma “emboscada” e se eu usasse “máscara”? Você descobriria no “temporal” de lágrimas felizes que quase sempre caem quando falo com você.

Estou longe da perfeição eu sei, não quero ser considerado seu príncipe encantado, mas sim o “lobo”. Porque a vida é real não é terminada em finais felizes, e sim em começos improváveis, meios intensos e verdadeiros, sem finais... é infinito.

Nosso “teto de vidro” já está na planta, e sempre que lembro de você, lembro de sua fala: “’Equalize’, naquela rádio”. E quando eu vou embora, eu permaneço “do mesmo lado”... lado esquerdo do seu peito.

Esse meu sentimento é “anacrônico”, já entrou em desuso, é ridicularizado. Mas não me importo, é recíproco. E sua reciprocidade que me mantém vivo aqui, distante “de você”. Arrumo minhas malas já pensando em qual roupa preta você vai estar usando. Tomo “a saidera” e vou pegar estrada.

Em meio às imagens da mata desfocadas, me encontro em “Dejá Vu” me lembro daquelas viagens que a gente ainda não fez. “Aahhh...!” Nesse momento, penso se daqui algum tempo eu serei apenas um”brinquedo torto” “na sua estante”. Mas confio em você, nessa coisa inexplicável que há entre nós.

Quando vejo a cidade, bem pequenina num fim de tarde, vejo como ser feliz é simples, só por ver aquelas ruas que dão na sua casa, os últimos raios solares que te aqueciam nos dias que eu estava fora, e naquela escuridão que virá só para realçar ainda mais seus olhos.

Chego em casa, abraço meus velhos, tomo benção e saio... Eu corro! Corro como se eu buscasse algo inalcançável, atravesso a cidade sem parar. Suado, cansado, praticamente sem forças... Mas, vejo sua casa ao longe. O longe dessa vez está tão perto, está ao alcance dos meus olhos, esse é o lugar, onde eu quero sempre estar...

Você, sem saber, está de fora. Olhando o céu, sentada, com aqueles fones de ouvido que praticamente fazem parte do seu estilo. E quando eu sento ao seu lado e você me olha... assustada, com “medo”! Mas quando vê que sou eu... Você sorri, me abraça, e me cala. Permanecemos ali, entrelaçados, abraçados. Tudo para por milésimos de segundo, o mundo, a luz, “a sombra”, nossos corações. “Todos estão mudos” , apenas quem grita, de dor, é a saudade, sendo morta sem piedade, tendo uma morte lenta e cruel.

Quando é permitido falar, eu falo que te amo, você, que “me adora”. E “só agora” eu posso sentir aquilo que outrora eu falava que queria sentir...

Não sei se isso se vende, e se vendem é exclusivo. Meu manual de instruções está em suas mãos, e você o usa com maestria.

Não sei “pra onde ir”, na verdade não importa, se você estiver comigo já está bom, perfeito. E andamos, andamos por horas... esqueço o cansaço do dia-a-dia, o “fracasso” de não conseguir fazer o te ver uma rotina.

Mas sei que um dia, por mais que demore, por mais que seja praticamente impossível, eu sei que vou me sentir completo, repleto de você, das coisas que você me dá. Poder deitar a cabeça tranquilo, sem receio de acordar sem você.

Domingos de Morais
Enviado por Domingos de Morais em 29/09/2013
Código do texto: T4503773
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