AMIZADE – COMEÇO, MEIO E FIM.
 
 
 
                     Infinitas são as formas, tempos, meios e situações para o início de uma amizade. E é a amizade o ponta-pé inicial que faz desabrochar em nós os seres humanos o maior dos sentimentos do universo que é o amor.
                     Posso garantir que é maravilhoso fazer novos amigos e com eles, bem como os mais antigos compartilhar os nossos momentos felizes.
                    Infelizmente vez ou outra nós acabamos compartilhando também os fatos ruins, dissabores e momentos infelizes das nossas vidas.
                    No curso de um relacionamento entre dois seres, os amigos sinceros sempre trocam entre si muitos das suas confidências e experiências.
                    Na maioria das vezes dois amigos verdadeiros conseguem entre si falar claramente das suas atribulações, anseios, desilusões, experiências e até de situações e coisas íntimas, o que não teriam coragem de falar a um irmão ligado por laços consangüíneo, parentes em geral e aos próprios pais.
                    No entanto, o fim e o rompimento de uma amizade, curta ou longa, a meu ver é um dos momentos mais difíceis da vida de qualquer ser humano que tenha no coração um milésimo que seja de sentimento. Porque não dizer: É lamentável e caótico dizer a alguém que não o quer mais como amigo.
                    Antigamente, a uns cinquenta ou sessenta anos atrás as pessoas se confraternizavam quase que naturalmente.
                    As cidades pequenas, bairros, núcleos habitacionais, sítios e fazendas permitiam aos homens que por um motivo o outro se cruzavam diariamente pelo menos se cumprimentassem despreocupados e seguramente.
                    Hoje em dia nós fazemos quase que a mesma coisa. Porém de forma bem diferente, porque não dizer: “com um pé atrás”, como diziam os nossos ancestrais.
                    Com tanta tecnologia e o advento da internet e mais os meios de comunicações modernos, atualizando-se a cada minuto, conhecemos novas pessoas, novas cidades, novos aparelhos eletrônicos e um número infinito de novos amigos. Ainda que sejam transitórios ou passageiros.
                    Não sei se o amigo leitor já reparou, quando em algumas vezes somos apresentados a uma pessoa e instantaneamente dela nos simpatizamos e nos tornamos amigos, sem mais nem menos.
                    Noutros casos, ao contrário, a gente sente uma antipatia automática, criando verdadeira repulsa por essa pessoa, sem que a mesma nos tenha feito nada.
NO COMEÇO

“Da amizade sincera entre dois seres que por alguma razão se encontram é comum resultar num bom relacionamento, depois numa afeição e interesse afetivo, cominando com um enlace amoroso”.
 
NO MEIO
                   
“Durante o período em que duas pessoas mantêm amizade sem quaisquer outros interesses, cada um tem a oportunidade de mostrar o seu verdadeiro caráter e estima. Aprovar tudo, as coisas certas ou erradas que os nossos amigos fazem não significa amizade”.
“Não é dando tapas amistosas nas costas ou encobrindo erros gritantes dos nossos amigos que provamos a nossa fidelidade. Um amigo de verdade alerta o outro das esparrelas do mundo”.
 
NO FIM
 
“O homem muitas vezes demora anos para conquistar a amizade de uma pessoa. E, por uma frase mal pronunciada ou um gesto impensado, em local e horário inadequados, numa fração de segundos destrói e interrompe essa amizade nutrida durantes décadas”.