Rejeição

Há algum sentimento pior que a rejeição? Ela é devastadora, repelente, indiferente, meticulosa e egocêntrica. É muito difícil lidar com ela, tanto quando você rejeita, tanto quando você é rejeitado. É um sentimento que machuca muito as duas partes envolvidas, o rejeitador e o rejeitado. Porém, por questões óbvias, o rejeitado sempre sofre mais, pois sua autoestima declina, por vezes, se anula e, o rejeitado, se autoflagela, se mutila, mesmo de forma inconsciente. É complexo lidar com isso. Todo sentimento que causa dor é delicado. A pessoa colocada na posição de rejeitada, se sente perdida, não entende o por que de estar sendo abandonada. Não compreende o motivo daquilo estar acontecendo com ela e, tenta inutilmente, na maioria das vezes, fazer algo para resgatar sua posição ocupada anteriormente, mas não consegue, pois não depende dela, o rejeitador tem mais poder sobre isso, pois é ele quem rejeita, ele tem as razões para rejeitar, que o outro nem sabe do que se trata.

Como lidar com isso? Não sei! A vida nos coloca nessa posição diversas vezes, em relações familiares, em amizades, em relações afetivas e, não há uma explicação nítida. Às vezes, as pessoas apenas mudaram de planos, não mais estão indo para a mesma direção, deixaram de priorizar as mesmas coisas. Enfim, a vida segue e vai levando cada um para um rumo. Cabe a nós tentarmos nos adaptar a esse destino, sem excluir as pessoas, sem rejeitá-las, mas não temos como impedir ninguém de nos rejeitar.

Claro, que existem motivos variados, infinitos que explicam o motivo da rejeição por parte daquele que rejeita, não é possível generalizar. Só precisamos ampliar nossos olhares, saber o que queremos de verdade, quando somos nós os rejeitados, para buscarmos assim, novas perspectivas de vida, para saber o que fazer, para qual via seguir. É preciso sair do comodismo, não tolerar o sofrimento e a infelicidade. É necessário ter consciência de que não podemos esperar a mudança do outro, nós temos que ser a mudança que procuramos. É preciso ter convicção de que não queremos mais ficar onde estamos, para então decidirmos qual caminho seguir, pois sem saber o que procurar, a busca nunca terminará.

Rafaela Andrade
Enviado por Rafaela Andrade em 30/06/2013
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