Tormenta
Então já é noite e o silêncio casto das horas mais belas inundam todos os cantos e recantos, ambiente e mente. Então, ai está você, mais uma noite só. E isso poderia ser tudo, mas na verdade não é nada, não diz nada, não significa coisa alguma. Mais uma vez a velha sensação, o segredo não tão bem escondido... as mãos tão sólidas e cálidas do torturante medo, não do escuro (ele é amável, quando não, um mal necessário), mas da solitud. Aquela que asfixia o único grito que poderia te salvar. Mas ele morre na garganta e faz companhia ao mar que já fermenta. E te pergunto: Como ainda consegue com essa interna tormenta caminhar? Como ainda ousa? Não percebe que embriagada haverá de se afogar?