TUDO NOVO
Preciso me dar um beliscão.
Essa doidice diante do novo,
que chega todo dia, sugere
o desfazimento de estórias.
E os conceitos tanto elaborados
que foram se acomodando
dia-a-dia nessa teia, de uma
aranha tonta, ficaram em ser.
Não há nada mais antigo
que o lançamento de ontem.
Nem nada mais surpreende
o futuro, que esperneia quando
alguém fala de coisa atômica.
Coisa atômica destruiu um passado.
Não construirá tudo novo.
A menos que seja do nada.