Aceitação da morte

Aceitar a morte é realmente difícil posto que só conhecemos a vida física e a impressão comprovada (por experiência e cientificamente - por enquanto) que temos é que tudo realmente termina com o final dela. Sabemos entretanto, embora que de forma intuitiva e com base na lógica (se é que existe alguma lógica no Universo - uma vêz que a Mecânica Quântica nos diz cientificamente que tudo é aleatório e até a Lei da Relatividade seria relativa), que deve haver sim algo mais significativo depois da morte física e que essa experiência nada mais seria que uma temporada na Terra (ou em outro planeta) para aprimoramento espiritual e retorno ao lugar de onde viemos (e que sequer sabemos onde fica na vasta imensidão do Cosmos). Assim sendo, acreditar nisso facilitaria a aceitação de algo natural e irremediável. Na verdade o que não aceitamos fácil é a perda (de uma forma geral) e isso vale para tudo na vida, não apenas para a morte. Eu diria, até, que ela é apenas a referência mais forte envolvendo este assunto. Eu diria mais: o que realmente nos deprime na morte é a impossibilidade do contato físico e da comunicação direta e instantânea, não a separação em si. Principalmente quando há alguma pendência, algum fato mal resolvido... Mas isso não acontece também em vida? Então, eu acho que é algo estigmatizado. A morte não é tão feia quanto pintam. Nosso olhar para ela é que talvez seja...

Lourenço Oliveira
Enviado por Lourenço Oliveira em 11/02/2013
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