OUTONO DE UMA ALMA NUA


As árvores despem-se de suas folhas
No raiar do outono.
Tiritam de frio e emoção...

Sento junto à varanda
A contemplar a serra
Descortinada no horizonte.

Matizes esverdeados desenham formas
Dão ares da natureza a festejar
Os sentimentos nascentes,
Em meu ser, neste momento...

Contemplo um amplo mundo
Que encerra beleza, perfeição...

Assim como as árvores,
Tenho a minha caducidade
Ficou a desnudar a alma...

Falo de mim...
Penso em mim...
Tento ser melhor...

Quero buscar, na força da natureza,
A energia necessária
Para fazer os que eu amo felizes...
Para compreender os que me maldizem...

Desnudo a alma,
Deixo-a livre de preconceitos
Imaculada e pura
Como oxigênio proveniente
Das folhas que caem das árvores
Na estação outonal.

Quero ser melhor
Bem melhor do que fui
Até hoje!

Denise Severgnini

11/03/2007
21:40