Decepção
DECEPÇÃO
A Revolta dos Cães
Este é o meu décimo livro. Quando me aventurei como escritor, tudo não passava de uma simples brincadeira, a qual, com o andar do tempo e incentivado pelos amigos, estou chegando ao término com este livro. Sinceramente não sei se haverá o próximo, o décimo primeiro. O caro leitor poderá pensar: “Que pessimismo!”. Não é pessimismo, é a realidade. “Mas a realidade nós é que a fazemos.” Poderá argüir um leitor mais atento. Eu concordo. A realidade nós é que a fazemos, quando possível. “Mas tudo é possível. Todo sonho é realizável”. Poderá dizer outro leitor. É corriqueiro ouvir a frase que muito não me apraz: “A pessoa deve correr atrás do seu sonho para que ele se rea-lize”. Admito em parte, quando a pessoa busca a realização de um sonho e não de um pesadelo. Quando se torna um pesadelo é melhor acordar, fazer o sinal da cruz e voltar a dormir.
Nesses doze anos como pseudo escritor tive sonhos lindos, sonhos decepcionantes e um terrível pesadelo. O leitor mais intransigente e ávido em concluir a leitura deste livro se questionará: “Aonde esse cara quer chegar? Eu nunca vi um escritor brecar a historia de um livro e vir com toda essa baboseira”. Só peço um pouco de paciência para expor o meu pessi-mismo do porquê, talvez, não escreverei o décimo primeiro livro.
Quando iniciei a “carreira literária” em 1998, a média de tempo para concluir um livro, considerado longo, era de oito meses, um médio, de quatro meses. Tal esclarecimento, o qual parece supérfluo, tem uma razão de ser: A Revolta dos Cães iniciou-se em 16.04.2007 e até a presente data 19.01.2011 ainda não findou. Portanto, já se passaram quase quatro anos e não o conclui, o que foge completamente ao meu estilo. O leitor mais desinte-ressado se indagará: “O que eu tenho com isso? Tem escritor que demora dez, vinte anos para escrever um livro! Tem, logicamente, entretanto não faço parte dessa turma. Para mim, ao iniciar um livro, é como a gestação de um filho. A ansiedade de ver o seu rosto ou ver o livro terminado é tamanha. Por isso é que faço esta pausa na Revolta dos Cães para explicar o meu desapontamento como “escritor”, por demorar tanto a por termo neste décimo li-vro.
Por fim, para não amofinar mais a paciência do leitor, vou trans-crever uma longa carta que foi escrita por minha ex-companheira em 2007, e que, segundo ela, fora enviada a diversas pessoas da mídia, e confesso, nunca houve qualquer retorno. Após lê-la, o caro leitor, se porventura eu publicar este livro, tenho certeza que compreenderá o meu pessimismo e a relu-tância em finalizar A Revolta dos Cães. Leia o texto BIOGRAFIA.