Ter coragem e seguir em frente
Tomar certas atitudes, quando não há a compreensão de si, é muito difícil. Às vezes bate a insegurança de que o que é feito ou desejado não está dentro do socialmente aceito. Somos seres sociais e precisamos nos adequar aos padrões culturais por uma questão de sobrevivência. Nada de errado nisso, pelo contrário. O ponto é que hoje tendemos, mesmo que inconscientemente, buscar a felicidade dentro de nós, de acordo com os nossos valores.
O nosso tempo é marcado pelo questionamento das instituições (família, igreja, estado) e, indo mais além, pelo questionamento de nós mesmos. É este o grande perigo de pensar: descobrir coisas que nos angustiam. Descobrir que o que acreditamos, muitas vezes, não nos faz bem. Descobrir que tudo o que construímos está edificado em alicerces frágeis ou que aparentemente não deu em nada. Descobrir que podemos muito bem ser contraditórios. Descobrir que não somos tão bons quanto pensamos e que podemos magoar quem mais amamos.
Ter consciência de si não é nada fácil, pois entramos em confronto com o que tomamos por bússola. Só o fato de suspeitar que estamos indo na direção errada dá a angustiante impressão de tempo perdido. Sentimo-nos inseguros porque perdemos a direção do nosso porto seguro e pensamos que vamos ficar à deriva por não saber qual rumo tomar.
Mas a razão existe para nos ajudar a superar os problemas que surgem. Se a nossa bússola não funciona mais, temos as estrelas e o sol para nos guiar. Temos que confiar na nossa capacidade de superar desafios e de fazer o que é melhor para si e para os outros. Por mais que tenhamos fraquezas, não devemos permitir que sejamos impedidos de lutar pelo que realmente nos fará bem.