O DIÁLAGO DAS VELAS.



Quatro velas estavam queimando calmamente. O ambiente estava tão silencioso que podia se ouvir o diálogo que tratavam.
A primeira dizia: eu sou a paz! Apesar de minha luz, as pessoas não conseguem manter-me. Acho que vou apagar. E diminuindo devagarzinho, apagou totalmente.
A segunda vela se apresentou e disse: eu sou a fé! Infelizmente sou muito supérflua. Há pessoas que não querem saber de mim, não faz sentido continuar queimando. Ao terminar de falar um vento levemente bateu sobre a vela e esta se apagou.
Baixinha e triste, a terceira vela se manifestou: eu sou o amor! Não tenho mais forças para queimar. As pessoas me deixam de lado, só conseguem se enxergar e esquecem-se até daqueles á sua volta que lhes amam e sem esperar apagou-se.
De repente, entrou uma criança e viu as três velas apagas e disse: que é isto? Vocês deviam queimar e ficar acessas até o fim. Dizendo isso começou a chorar.
Então a quarta vela disse: não tenha medo, enquanto eu queimar pode acender as outras velas, eu sou a esperança.
A criança com os olhos brilhantes pegou a vela que restava e acendeu as outras e falou: que a vela da esperança nunca apague dentro de vocês.

Autora: Idalcilia Costa.

Idalcília Dias Freitas Costa
Enviado por Idalcília Dias Freitas Costa em 25/08/2012
Reeditado em 25/08/2012
Código do texto: T3848246
Classificação de conteúdo: seguro