Caprichos meus...
Façamos uma trégua!
Descansemos no anonimato de significado,
todas as palavras
[doces e amargas]
Emudeçamos seus propósitos...
e quereres
[escusos ou escassos]
Calemo-nos!
E não vamos fingir que nos pertencemos...
NÃO!
E, meu bem, não se esconda nas entrelinhas
Não tente entender minhas linhas...
Vamos apenas brincar!
De amarelinha?
Não venha pintando um inferno.
Vamos fingir que só existe céu
[e nuvenzinhas]
Desejemo-nos com os olhos
[que não são janelas d’alma!]
Mas que em nosso estranho caso,
são sujeitos marrentos a disputar
queda de braços!
Ah como queria investigar-te a alma...
Instigar-te o espírito
e dobrar-te a calma.
Mas sou tola,
precária, fútil e volátil.
Perdoe-me, mas sou mulher!
Se desvendar-te os caprichos
perderás o encanto...
e serás mais um mal-me-quer!